quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Dagoberto: 'A cobrança foi diferente comigo'

Com a chegada de Paulo César Carpegiani, Dagoberto voltou a ser titular no São Paulo. O técnico nunca cogitou deixá-lo no banco de reservas. Resultado: em duas partidas (estava suspenso no segundo jogo do técnico, contra o Prudente), três gols marcados.
Dagol recuperou o bom futebol, tem sido decisivo e, quando questionado, afirma que voltou a viver um bom momento. Como neste bate-bola exclusivo com o LANCENET!. Confira abaixo:

LANCENET!: De qual maneira Carpegiani tem ajudado você no clube?
DAGOBERTO: É um cara que está me ajudando muito, até pelo que vinha acontecendo antes. Ele passou a confiança que tem em mim e tudo com muita credibilidade. Tomara que possa continuar nessa toada. Está bom, com o momento favorável.

LANCENET!: Acha normal ter passado por má fase e ser tachado como culpado pela saída da Liberta?
DAGOBERTO: Às vezes busco uma resposta. Talvez tenha uma cobrança em cima de você para que o resultado aconteça. Aí, quando não vem, acontece uma cobrança diferente, com outro peso. É difícil, mas isso não me afeta. Tenho de dar resposta para quem gosta de mim, quem está do meu lado. Meus pais, minha esposa, minha filha, a Deus acima de tudo. Para eles dou atenção.

LANCENET!: A cobrança acontece pelo seu potencial como jogador?
DAGOBERTO: Pode ser na cabeça das pessoas, mas futebol é um esporte coletivo. Quando o São Paulo ganhou (Brasileiro) em 2006, 2007 e 2008, o crédito foi para todos. Quando se tem sucesso, o crédito é distribuído. Isso que pesou e me deixou triste na época. A cobrança foi diferente comigo por não dar dado certo (Libertadores). Se estou no São Paulo e sou o que sou, tenho méritos. É um esporte coletivo, então cada um tem de ter sua porcentagem, não só Dagoberto.

LANCENET!: Foi também um momento ruim na vida pessoal?
DAGOBERTO: Saia daqui e esquecia, mas chateia. Consegui distribuir, porque uma hora iria passar. Não queria sair do São Paulo como quiseram me mandar, pela porta dos fundos. Fiquei muito tempo sem jogar (pelo Atlético-PR) para vir para o São Paulo. Era um sentimento que carregava de querer jogar pelo clube. Não seria uma, duas pessoas que iriam tirar isso de mim.

LANCENET!: Quando fala em pessoas, a quem se realmente se refere?
DAGOBERTO: Todo mundo sabe, todos sabem. Mas não é algo que me tira o sono. Se querem me prejudicar, tenho de dar resposta para quem depende e torce por mim, não eles. Quem planta o mal, o mal vem na sua vida. Sempre procurei coisas boas. Se deseja o mal, problema da pessoa.

LANCENET!: Falou em sair pelos fundos. No fim do ano, se ficar ou sair, será pela porta da frente?
DAGOBERTO: Tenho certeza. Hoje estou pensando em mim também. Você aprende a saber com quem contar. No início do ano, teve uma proposta muito boa (do Bayern de Munique, da Alemanha) e não aceitaram. Depois, no meio do ano, veio outra (do Metalist, da Ucrânia), que na minha visão era baixa e já queriam me vender. Alguma coisa estava errada. Se for para sair, será bom para o São Paulo e para Dagoberto. Estou feliz, isso que é importante, independentemente do que aconteça. Guardo coisas boas que passei aqui, mas a vida não é só de sucesso.

Fonte: LanceNet

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