No discurso, Paulo César Carpegiani já deixou claro o estilo de jogo que deseja implantar no São Paulo: marcação forte e posse de bola para dominar o adversário. Por isso, durante os dois primeiros dias de trabalho no CT da Barra Funda, posicionou os atletas em campo para ter um time compacto nesta quarta-feira, às 21h50, contra o Vitória, na Arena Barueri.
Além disso, o treinador indicou que dentro do elenco é possível solucionar um problema que há tempos perturba os são-paulinos. A ausência de um camisa 10 armador virou uma deficiência crônica desde a saída de Danilo, meia que deixou o Morumbi em dezembro de 2006.
“Depende muito do que é um camisa 10. Para mim, é o jogador que tem a característica de armar e chegar ao ataque para somar. É o condutor de bola, e temos essa escassez no futebol de hoje. O Dagoberto poderia fazer esse papel. Ele era um 10 quando veio do Atlético-PR, mas virou um segundo atacante. Teria de retornar à posição”, opinou Carpegiani.
Os números comprovam a falta de um pensador no meio-campo da equipe tricolor. Segundo o Datafolha, o São Paulo apresenta uma média de 3,3 assistências por partida no Brasileiro. É o décimo colocado no ranking do fundamento - o Fluminense lidera com 5,1.
“O Dagoberto é um jogador com potencial grande. Tive uma conversa com ele, porque existia um papo de que ele estava desmotivado. As pessoas me disseram, mas ele me falou o contrário. Vou considerar um meio termo, tentar recuperá-lo e dar confiança. Sinto que pode ser diferenciado no grupo”, comentou o técnico de 61 anos.
O camisa 25 está em baixa desde a eliminação na Copa Libertadores, no início de agosto. Teve pouco espaço com o ex-interino Sérgio Baresi, e dirigentes o criticaram nos bastidores. O plano era negociá-lo, porém não houve êxito.
Fonte: Uol Esportes
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