sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Após superar rusga com Carpegiani, Dagoberto curte boa fase de goleador

Intempestivo, polêmico, goleador. O Dagoberto versão 2011 está de bem com a vida. Do mesmo jeito que se coloca em algumas confusões, dentro de campo é possível dizer que seu desempenho está bom demais. Artilheiro da equipe na temporada 2010, com 15 gols, ele é o principal goleador desse início de ano, com cinco, já deu quatro assistências e tornou-se peça imprescindível no esquema do técnico Paulo César Carpegiani.

O jogador comemora. Apesar de ter mudado sua função em campo, o desempenho não caiu. A saída de Ricardo Oliveira, no final do ano passado, fez o atacante deixar de ser o preparador para se transformar em definidor. Mas ele não reclama. Pelo contrário, está contente com a nova fase. Uma amostra desta foi dada na vitória por 3 a 0 sobre o Treze, quando ele marcou dois gols e deu o passe para Fernandinho ampliar.

Antes de celebrar o bom momento, ele passou por uma situação delicada: se desentendeu com o técnico Paulo César Carpegiani na partida contra o Linense, e o treinador chegou a dizer que ele poderia ser negociado, pois não se importava mais. Mas o caso foi resolvido, Dagoberto levou uma bronca e depois retomou o espaço no time.

Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, ele fala sobre bom momento, diz que a nova gravidez da mulher trouxe ainda mais tranquilidade, conta que o episódio negativo com Carpegiani foi totalmente superado e que, apesar de ter contrato com o clube até dezembro de 2012, ainda quer continuar por mais tempo, desde que seja valorizado.

Parece que você tomou gosto pelo posto de goleador. Foi artilheiro do time em 2010 e, neste começo de 2011, continua balançando as redes adversárias. O que mudou?
Realmente foi um bom começo em 2011. Tracei algumas metas para o ano e estou bem feliz porque estou conseguindo jogar bem e as coisas estão acontecendo. Se eu for levar em consideração apenas o lado pessoal, não posso reclamar. Mas o coletivo precisa estar sempre em primeiro lugar. Ganhamos títulos importantes em 2007 e 2008 e precisamos voltar a ganhar agora em 2011.

É o seu melhor momento na carreira?
Estou jogando bem porque o meu lado pessoal também está bem tranquilo. Estou de bem com a vida. Minha mulher está grávida de cinco meses de um menino, que vai chamar Mateus. Acho que tudo isso se reflete em campo. Realmente não posso reclamar.

O que mais chama a atenção é que você continua jogando bem mesmo tendo mudado de função. Na carreira, você sempre foi um preparador de jogadas. Agora, é a referência. Como sentiu essa mudança?
Pela primeira vez estou fazendo esse papel na minha vida. É bacana jogar assim porque toda hora você está na cara do gol e fica mais fácil de aproveitar as oportunidades. Mas, preciso lembrar que ajuda bastante as presenças do Lucas e do Fernandinho, que se movimentam muito e abrem espaços. O Lucas fez o papel pela direita que eu vinha fazendo. Com isso, pude me desgastar menos em campo na partida contra o Treze, o que resultou em gols e em mais uma boa atuação.

Ao mesmo tempo em que você se destaca em campo, sempre é alvo de polêmicas. A última foi com o Paulo César Carpegiani no jogo contra o Linense. Por que o seu nome está sempre envolvido em alguma confusão? Existe má vontade com o Dagoberto?
Não sei te responder, difícil falar alguma coisa. O que eu realmente posso dizer é que, em determinadas situações, as coisas tem um peso muito grande para mim.

O episódio com o Paulo está superado?
Totalmente. Nos tratamos muito bem profissionalmente. Aliás, ninguém pode me acusar de não ser profissional. Até tomar cabeçada do Domingos (zagueiro da Portuguesa) eu tomei (risos). Mas é sério. Busco sempre o melhor para a minha equipe.

O seu contrato com o São Paulo vai até dezembro de 2012. O que pensa a respeito? Chegou o momento de ir para a Europa? No ano passado, lembro que você quase foi parar na Ucrânia, mas não concordou com a negociação.
Não penso no futuro agora. Ainda falta muito tempo, tenho vínculo até o final de 2012. De repente, se acontecer uma valorização posso até continuar. Mas não adianta ficar fazendo planos. Tenho de deixar tudo acontecer, e depois pensar. Em uma transferência, são vários fatores que preciso analisar. Tenho muitas pessoas que dependem de mim. Na hora certa, tudo vai ser resolvido da melhor maneira.

Fonte: Globo Esporte

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