quinta-feira, 2 de junho de 2011

Diante do assédio do Inter, Tricolor quer novo contrato com Dagoberto

O diretor executivo do Internacional, Newton Drummond, e o diretor de futebol do São Paulo, Adalberto Baptista, se reuniram na capital paulista nesta quinta-feira, pela manhã. O dirigente colorado queria sondar a contratação do atacante Dagoberto, mas o colega tricolor deixou claro a ele que não há a possibilidade de sair negócio.

À reportagem do Globoesporte.com, os dois dirigentes deram versões diferentes sobre o encontro: Drummond negou que tenha sido feita uma proposta por Dagoberto, enquanto Baptista admitiu que, diante do assédio de outro clube a seu atacante, oferecerá ao jogador uma prorrogação de mais dois anos no contrato em vigência, que expira em abril de 2012. Pela Lei Pelé, o atacante já poderia assinar um pré-contrato com outra equipe em outubro, sem que o Tricolor recebesse um tostão pela transferência.

- Foi uma conversa amigável, de estreitamento de relações entre os clubes. Falamos sobre jogadores, sobre perdas com as convocações das seleções, mas não falamos de contratações. O Internacional não fez proposta pelo Dagoberto – afirmou Drummond, num discurso bem diferente do adotado pelo dirigente são-paulino:

- Nós reiteramos na reunião a nossa posição de não liberar o Dagoberto. Ele é um atleta muito importante e agora queremos segurá-lo por mais tempo. Vamos começar a pensar nisso agora – disse Baptista.

A declaração do dirigente são-paulino surpreendeu o empresário de Dagoberto, Marcos Malaquias. Ele nega ter sido sondado pelo Inter, mas admite se sentir incomodado por ver o Tricolor demonstrar interesse na renovação contratual do jogador só depois de um rival ter entrado na jogada.

- Esta notícia que você está me dando me surpreende muito, principalmente porque passei o ano passado inteiro correndo atrás dos dirigentes do São Paulo e pedindo para eles renovarem o contrato do Dagoberto. Só para o presidente Juvenal Juvêncio eu liguei umas 30 vezes, e a resposta era sempre a mesma: “Vamos ver, vamos ver, vamos esperar”. É o que eu vou fazer – disse Malaquias, resignado com a postura da diretoria tricolor.

Segundo o empresário, a única proposta oficial que chegou a Dagoberto nestes cinco anos de São Paulo foi do Metalist, da Ucrânia, no ano passado: 4,5 milhões de euros. O atacante preferiu ficar no Tricolor.

- O Dagoberto vai ficar afastado de todo tipo de negociação e só vamos pensar nisso no fim do ano. Quero deixar bem claro que, independentemente do que acontecer, o Dagoberto, se tiver que sair, será pela porta da frente – finalizou Malaquias.

No contrato em vigência, o São Paulo detém 75% dos direitos econômicos de Dagoberto. Os outros 25% pertencem ao jogador.

Fonte: Globo Esporte

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