quinta-feira, 2 de junho de 2011

Se negociar Dagoberto, Tricolor perde seu maior artilheiro; mas atacante pode sair de graça em dez meses

O que fazer com Dagoberto? Tal dúvida anda perturbando a cúpula são-paulina. Preso ao clube por contrato até abril de 2012, na mira do Internacional e com sondagens do futebol europeu, o atacante colocou o Tricolor numa sinuca de bico. Só uma coisa é certa: o time do Morumbi sairá perdendo, seja qual for o destino do atleta.

Se negociar o camisa 25 agora com os gaúchos ou na próxima janela de transferências para a Europa, o São Paulo vai faturar alguns milhões na conta, mas abrirá mão do seu maior artilheiro nos últimos dois anos. Só nesta temporada, ele já tem 14 tentos assinalados.

E caso decida segurar o jogador, o clube corre o risco de não ganhar um centavo sequer com ele. Isso porque, a partir de novembro (seis meses antes do fim do vínculo), Dagoberto poderá assinar pré-contrato com qualquer clube e sair de graça, causando prejuízo ao Tricolor.

Uma terceira via seria renovar o acordo com Dagol. Porém, ele já se recusou a assinar um novo contrato. Motivo: quer seguir o caminho do zagueiro Miranda, que esperou até faltar meio ano para o fim do seu vínculo para acertar com o Atlético de Madrid, da Espanha. Dessa forma, os europeus não pagaram nada aos brasileiros. Foi tudo parar no bolso do beque.

"Não é o momento de falar em renovação de contrato com o Dagoberto. Sabemos que ele tem ofertas. Mas não trataremos disso agora", afirmou, ontem, o diretor de futebol do São Paulo, Adalberto Baptista.

Agente de Dagoberto, Marcos Malaquias garante que o seu cliente cumprirá o contrato até o fim. "O Dagoberto está muito feliz no São Paulo e não pensa em sair", comentou o procurador. No entanto, Malaquias não negou ser mais interessante esperar algum tempo para que ele e o atleta lucrem mais.

Troca com o Inter/ Uma outra opção para o São Paulo minimizar o prejuízo seria envolver Dagoberto numa troca com o Inter. Os gaúchos cederiam o lateral-direito Nei e o volante argentino Guiñazu, antigo sonho de consumo de Juvenal Juvêncio, presidente são-paulino. Porém, o clube de Porto Alegre sempre dificultou a saída do "hermano" em outras ocasiões e parece estar disposto a fazê-lo mais uma vez. Neste caso, entraria no negócio, além de Nei, o meia Andrezinho.

"Podemos até aceitar uma troca. Mas o Guiñazu não vai jogar no São Paulo", disse o vice-presidente de futebol do Inter, Roberto Siegmann.

Fonte: Diário de São Paulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário