Isolado no ataque são-paulino, Dagol acaba valendo por dois

Apesar de ter surpreendido alguns são-paulinos com uma escalação cheia de volantes e com apenas um atacante, o técnico Paulo César Carpegiani acabou se dando bem. Graças a Dagoberto. Mesmo isolado na frente, foi o atacante que abriu o caminho para vitória. Com muita movimentação e frieza na hora de concluir, o camisa 25 acabou fazendo mais que os dois atacantes do Fluminense.

Os arremates não foram tantos, se comparando aos da dupla Rafael Moura e Rodriguinho, mas melhor do que isso, foi letal.

– Falei para meus companheiros que se eles não jogassem a bola em mim, eu ficaria sem jogar o jogo todo. Quando a bola chega, realmente fica mais fácil – disse o atacante.

O ataque do Fluminense pouco rendeu. As jogadas de perigo da equipe aconteciam sempre pelas jogadas criadas por Conca e Mariano, que fez bons avanços pela direita na etapa inicial. Sem o artilheiro Fred, fora devido a uma amigdalite, o poder de fogo do Tricolor Carioca ficou muito abaixo do esperado.

Na primeira etapa, Rodriguinho tentou alguns chutes de fora da área. Bolas fáceis para Ceni. No segundo tempo foi a vez de He-Man arriscar um pouco mais, só que a direção dos arremates não mudava. Para se ter ideia, em algumas bolas alçadas na área, era o pequenino Conca quem brigava entre os zagueiros.

Do outro lado, com ótima ajuda de Lucas, Dagoberto seguia criando boas jogadas de gol para o São Paulo. Foi assim que Lucas ampliou o placar, após grande jogada individual.

Mesmo com a vantagem no jogo, o homem do ataque são-paulino seguia levando perigo. Logo após o segundo gol, foram duas ótimas jogadas. Em uma delas, Dagoberto chutou cruzado para Ricardo Berna realizar grande defesa.

Em noite inspirada de Dagol, o tabu de seis anos sem perder em São Januário foi mantido e o solitário avante são-paulino, literalmente, valeu pelos dois atacantes do Flu.


Fonte: LanceNet