Se parecia impossível ver algo bom na saída de Rogério Ceni contra o Fluminense, Dagoberto mostrou que sim. O atacante, na ausência do goleiro, assumiu o posto de líder dentro de campo. Foi dele a ideia de reunir o grupo ao término do jogo para demonstrar união e comemorar a vitória.
Terceiro jogador com mais confrontos (209) pelo clube no elenco atual, atrás apenas de Ceni e Miranda, Dagoberto não tem fugido à responsabilidade. No meio de tantos garotos, além de demonstrar liderança para suportar o momento de pressão, o camisa 25 também tem resolvido na frente. Com 14 gols na temporada, sendo um anotado no Brasileirão, a média já chega a 0,56.
– Só nós sabemos o quanto é difícil por ter uma molecada, o que a gente passa, você às vezes sofre sozinho. Falei ali que é momento de agradecer ao grupo, a todo mundo, por ter dado uma resposta imediata. Precisávamos disso (vitória sobre o Fluminense) por nós, para torcida e instituição – analisou Dagol, quando questionado sobre a reunião.
Em quase quatro anos de Sampa, Dagoberto nunca foi artilheiro. Sempre teve características de ser o jogador que preparava para o homem-gol definir. Este ano, se mantiver a média atual, pode chegar a 21 redes balançadas no Nacional, número que o colocará na briga pela artilharia da competição, se comparado aos últimos anos. Sem Luis Fabiano, ele segue como atacante de referência na frente.
Se o camisa 25 mudou seu estilo de jogo, a cabeça também está diferente. Ao contrário do Dagoberto calado e acanhado dos anos anteriores, atualmente o que se vê é um jogador participativo, que se preocupa com o grupo, expõe sua opinião e dá a cara para bater em situações difíceis.
Com a pontaria afiada para ajudar o time e o espírito de liderança aflorado. Assim Dagol tem de continuar no Brasileiro para que o Tricolor deixe logo a crise e, após dois anos em jejum, volte a ganhar título.
Um dos principais fatores para a quantidade de gols de Dagoberto na temporada é o posicionamento. Desde a saída de Ricardo Oliveira, ele tem atuado mais próximo à área. Fato que deve mudar quando Luis Fabiano se recuperar da cirurgia no tendão em região do joelho direito e fazer sua reestreia.
Os principais parceiros de ataque do camisa 25 no ano são Marlos, Fernandinho e Lucas. Poucas vezes ele atuou ao lado de um jogador com características de referência. Antes de rescindir contrato com o clube, Fernandão passou a maior parte do tempo lesionado. Já os garotos Henrique e Willian tiveram poucas oportunidades e, na maioria das vezes, entraram quando a partida já se encaminhava para o término.
Desde que chegou ao Tricolor, em 2007, Dagoberto sempre teve a companhia de um centroavante. Aloísio, Adriano, Borges e Washington foram os principais parceiros. Com eles no time, Dagol tinha a função de fazer a bola chegar ao ataque e municiar os goleadores. Quando Fabuloso retornar, Dagoberto pode voltar aos velhos tempos.
Fonte: LanceNet
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