Na terra natal e contra o time de coração de Gustavo Kuerten, o Guga, maior tenista brasileiro da história, o atacante põe à prova seu ótimo desempenho na competição inspirado justamente no tênis.
Se dentro de campo Dagol participou de sete dos oito gols da equipe na Copa do Brasil, com a bolinha pequena ele também representa. Pratica o esporte há cinco anos e, segundo ele mesmo, não tem para ninguém no grupo são-paulino, que já conta com alguns simpatizantes.
– Hernanes e André Dias, na época deles aqui, Jean e Fernandinho já jogaram. Mas não dá, não tem nem troca de bolas (risos). No tênis, eu me garanto – contou Dagol, em entrevista exclusiva ao LANCENET!.
Especialista no assunto, o camisa 25 se revela fã de Guga e gostaria de conhecer o tenista pessoalmente. Mas, desta vez, não será possível, já que o Mané, como é conhecido em Floripa, não vai acompanhar a partida.
– Tenho um carinho muito grande por ele, que é espelho para muita gente. Espero poder ter sucesso na terra dele – afirmou o atacante.
O sucesso em questão significaria vingança contra um carrasco no começo da carreira no tênis e que hoje estará do outro lado. Quando atuava pelo Atlético-PR, Dagoberto disputou uma partida contra Silas, atual técnico do Avaí, e levou a pior.
– Eu perdi. Estava começando, tinha apenas uns dois meses de tênis. Não foi bem um jogo oficial, só troca de bolas, mas perdi. Eu não tinha noção e ele jogava legal, como deve ser hoje – revelou o atacante tricolor.
É hora da revanche. Desta vez, sem raquete e sem esquecer: no futebol, ao contrário do tênis, rede é gol!
Confira um Bate-Bola com Dagoberto:
Como surgiu o interesse em jogar tênis?
É um esporte bacana, que tira você da sua realidade e você faz amigos. Está crescendo bastante, vide (Thomaz) Bellucci (brasileiro número 22 do mundo no tênis), que tem conseguido bons resultados. Depende exclusivamente de você, e, como gosto de desafios, fui a fundo aprender a coisa. Queria aprender até a base, fiz aulas, faz uns cinco ou seis anos que jogo.
Você vai melhor no campo ou nas quadras?
Tênis é um esporte difícil, é mais brincadeira, mas vou bem. Demora para você pegar o jeito, fiz algumas aulas e hoje me garanto. Tenho jogado pouco, ano passado jogava mais.
Quem é seu ídolo no tênis?
Sou fã de Roger Federer (suíço, número 3 do mundo), mesmo com Rafael Nadal sendo número 1 do mundo. Gosto mais do estilo de Federer, que é mito.
Qual piso prefere jogar: saibro (terra batida, piso mais lento) ou quadra rápida?
Gosto mais do saibro, mesmo piso preferido do Guga. Fere menos o tornozelo e o joelho.
Você tem ido muito bem dentro de campo. Participou de sete de oito gols do time na Copa do Brasil. É hora de decidir?
Fico feliz, é um momento especial na minha vida e estou conseguindo mostrar em campo, ajudando a equipe. Todos estão bem, com isso o individual aparece. É momento decisivo para o time e é bom ir bem.
Como o time tem de jogar?
Não podemos pensar no resultado que conseguimos no primeiro jogo. Temos de construir outro. Vamos atacar, pois nosso time tem criado bastante.
Silas, técnico do Avaí:
Joguei tênis com Dagoberto em 2007. Ele estava no Atlético-PR e eu, no Paraná, com Zetti (na época, o ex-goleiro era técnico da equipe paranaense). Ele ainda estava começando a jogar e frequentávamos a mesma escola de tênis em Curitiba. Um dia jogamos juntos, não me lembro quanto foi o resultado final, mas sei que ganhei. Agora já passou um tempo, sei que ele está treinando, então deve ter melhorado bem. Mas continuo aperfeiçoando, então também melhorei, né (risos)? Sei que Rogério Ceni também gosta de brincar um pouco, mas o negócio, tanto deles quanto meu é o futebol, é claro (risos).
Fonte: LanceNet
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